Ah, Paisagem ...
Faminta que estás de meus vagos olhos,
Busca-os em torno de ti
E não os encontra ...
Veste-te pois
Com as frágeis nuvens do porvir!
Recolhe-te a teus aposentos, onde luz e sombra,
Embriagadas uma da outra, conspiram
Pra que meus olhos à deriva não possam navegar-te.
E assim permanecerás,
Como narciso sem espelho
Mendigando a contemplação dos cegos ...
Destes cegos
Que só conhecem de ti a miragem,
De que lhes fala o canto do pássaro e do trovador.
Permanecerás assim,
Tão virgem de mim?
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