A Antevéspera
Calaram-se as estrelas ante as minhas indagações
E desnorteado estou à beira do caminho
Todos os atalhos me negam acesso
Sem leme, sem vela, sou embarcação
Que o mar conduz sarcástico à minha revelia
Vão-se os dias, se vão indo em silêncio
Esvaindo na distância que os devora
E eu me detenho, desnorteado à beira do caminho
Mas, ainda que assombrado pelo céu revolto
Que se esboça cinzento diante de mim
Estou certo que, tão logo cresçam minhas asas
Farei de todo e qualquer ponto final
Uma reticência fértil
Pois férteis serão os dias dos quais
Serei a antevéspera
Nenhum comentário:
Postar um comentário